Nós da Recimac temos falado bastante sobre os impactos ambientais dos resíduos sólidos urbanos e industriais, e com a recente realização da COP 26, em Glasgow, os debates sobre sustentabilidade e mudanças climáticas tornam-se ainda mais candentes.
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, espera-se que existam políticas sérias acerca da redução dos impactos ambientais causados pelo descarte incorreto de resíduos sólidos. Mas como sabemos, este infelizmente não é o caso.
Apesar de ter assinado uma multitude de acordos internacionais em defesa do meio ambiente, o Brasil possui uma séria defasagem na instrumentalização de políticas públicas que visam a preservação ambiental, em particular no que diz respeito ao tratamento de RSUs (Resíduos Sólidos Urbanos).
Mas quais são as soluções práticas que podemos adotar para enfrentar a degradação do meio ambiente de forma séria e responsável? Neste texto, nós da Recimac vamos apresentar as principais soluções para reduzir os impactos ambientais dos resíduos sólidos, para que juntos possamos construir o nosso amanhã. Acompanhe conosco!
Boa leitura!
Antes que possamos explorar os principais caminhos para reduzir os impactos ambientais dos resíduos sólidos em geral, é importante que entendamos a diferença entre os RSUs e RSIs (Resíduos Sólidos Industriais), já que suas políticas de tratamento são distintas.
Como explicamos em uma postagem anterior, RSUs são materiais remanescentes de operações comerciais e domésticas desempenhadas no meio urbano. Ou seja, é uma categoria ampla que engloba tanto materiais como papel e plástico, como também, metais e materiais orgânicos e de madeira.
Já os RSIs são resíduos de origem específica de atividades industriais, incluindo os setores metalúrgico, petroquímico, papelaria, mineração, alimentício, agropecuário, têxtil, etc.
De forma geral, pode-se dizer que os RSUs encontram-se muito mais no meio urbano, sendo gerados a partir das atividades comerciais e residenciais, enquanto os RSIs estão mais distantes do meio urbano, de forma a limitar os impactos a saúde pública, em função dos processos tóxicos de tratamento de matérias-prima.
Entretanto, os custos para realizar o tratamento correto desses resíduos são altíssimos, e algumas companhias decidem, erroneamente, que os custos não justificam a tentativa de tratamento desses resíduos.
Como resultado, são destinados a aterros sanitários ou descartados no próprio ambiente, danificando o ecossistema de forma expressiva e frequentemente irreparável.
Mas não são todas as empresas que praticam táticas “econômicas” como essa. Algumas empresas sustentáveis dedicam grandes partes de seus orçamentos para o descarte e tratamento correto de resíduos, por vezes tendo departamentos internos dedicados a prover soluções sustentáveis — como o uso de biomassa para a geração de energia.
Existem algumas soluções para reduzir os impactos dos resíduos sólidos, tanto urbanos quanto industriais. Comecemos pelos RSUs.
Dentre as alternativas para o tratamento de RSUs, diferenciadas primariamente pelas técnicas que são empregadas para realizar o descarte ou reutilização desses resíduos. Um bom exemplo são os Resíduos de classe II A (Não inertes), conforme classificados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Esses resíduos são dotados de características como biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade, geralmente sendo excelentes alternativas para a produção de matérias energéticas, como a já mencionada biomassa, ou também para compostagem na forma de adubos. Matérias orgânicas compõem majoritariamente esta categoria.
Embora uma parcela majoritária dos RSUs sejam de origem orgânica, temos também uma grande parcela de materiais recicláveis, como papel, papelão, alumínio, plástico e metais. Mas a boa notícia é que ambos os tipos de RSUs, tanto orgânicos quanto recicláveis, têm a possibilidade de serem reutilizados de forma sustentável.
Matérias orgânicas e vegetais podem ser transformadas em biomassa para prover energia às nossas indústrias, ou até mesmo servir de adubo para fertilização de solos no setor da agricultura.
Já os rejeitos recicláveis dependem apenas da criatividade da população e dos setores industriais para ganharem novos usos. Podendo ser reutilizados na produção de novas embalagens, no meio artístico, da construção civil, e por aí vai.
Já o tratamento de resíduos industriais requer uma ação mais objetiva: é imprescindível que o tratamento desses rejeitos seja feito por empresas certificadas para tal.
Todos têm a obrigação de dar a destinação correta para os seus resíduos, conforme o princípio do do “poluidor-pagador”, estabelecido na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 31/8/1981), a qual significa dizer que “cada gerador é responsável pela manipulação e destino final de seu resíduo”.
Além disso, empresas de alguns setores como o de agrotóxicos, fabricantes de pneus, pilhas e baterias, óleos e lubrificantes, lâmpadas, produtos eletrônicos e embalagens pós-consumo têm a obrigação legal de elaborar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos e contratar uma empresa com as devidas certificações para destinar os seus resíduos.
De forma prática, o processo de tratamento dos RSIs ocorre da seguinte maneira:
A Recimac está pronta para ajudar a entender esses processos e garantir a correta destinação desses resíduos.
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